Carlos Madeiro*Do UOL, em Maceió*Divulgação
Trabalhadores durante assembleia que decidiu por greve por tempo indeterminado
Cerca de 2.000 trabalhadores paralisaram por tempo indeterminado as atividades no lote cinco da obra de transposição do rio São Francisco, no Ceará. O trecho inclui construção de um dos principais canais para levar água a moradores numa extensão de 120 km. A previsão de entrega da obra é para o final de 2016.
A decisão da greve foi tomada nessa segunda-feira (25) pelos trabalhadores, após assembleia do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem do Ceará.
Os trabalhadores querem um reajuste de 13% nos salários e querem um aumento de R$ 250 para R$ 350 no valor da cesta básica. A empreiteira Serveng, responsável pela obra, ofereceu 8% de reajuste.
"Nossa data base é 1º de abril, e a empresa vinha negociando. De uma hora para outra ela deixou de participar das negociações e não se manifestou a respeito da nossa última proposta.
Os trabalhadores decidiram, então, parar as atividades até que se retornem as negociações. Sem os 13% não voltamos", disse o presidente do sindicato, Raimundo Nonato Gomes.
Gomes afirma que hoje o salário médio de um trabalhador na obra é de R$ 1.300. Além disso, ele relata outros problemas que devem ser discutidos com a empresa.
"Também temos problemas de segurança e na saúde do trabalhador, de transporte, do plano de saúde --que não atende direito aos trabalhadores. á também problemas na relação de encarregados e o trabalhadores. Enfim, é uma obra complicada", afirmou.
Procurada pelo UOL, a empresa Serveng informou que deve se posicionar sobre o assunto em breve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário