- Depois que a presidente Dilma sancionou o Orçamento da União sem vetar o elevado valor do Fundo Partidário (R$ 867 milhões), o assunto relativo às finanças dos partidos políticos vem sempre à tona. Além do fundo, as agremiações recebem variadas formas de contribuição de seus filiados, desde mensalidade pré-fixada a percentuais de salário;
- Uma praxe lançada pelo PT é o dízimo, ou seja, 10% dos vencimentos de cargos públicos para os quais tenha sido nomeado em governo petista (federal, estadual ou municipal). Hoje há uma variação que vai de 1% até 10 %. O desconto do PT era feito em folha de pagamento, mas a Justiça o proibiu, porque sem chegar às mãos do funcionário caracterizava repasse direto ao partido, o que desde 2008 é proibido pelo TSE. No PT e nos demais partidos, os filiados que são eleitos para qualquer cargo são obrigados a fazer uma contribuição compulsória;
- Mas é no Fundo Partidário que está a alegria de muitos dirigentes de partido. Apesar de as agremiações serem proibidas de pagar remuneração aos mesmos, muitos deles enriqueceram após alguns anos como comandantes de partidos. Há casos em que toda a cúpula é composta por membros de uma mesma família. Um presidente de um deles está há 18 anos à frente de um partido e seu patrimônio e o de seus parentes tiveram um crescimento que não condiz com sua renda mensal;
- Junte-se a tudo isso a facilidade para se montar um partido político, ao lado de uma frouxa fiscalização por parte da Justiça Eleitoral, que uma das melhores formas para se obter uma boa renda familiar é participar do processo democrático através de seu maior meio, que são os partidos. É só saber montar uma boa prestação de contas. por Airton Leitão
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Partidos políticos podem ser boas fontes de renda familiar
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