REDAÇÃO ÉPOCA
Jorge Burgos, ex-ministro de Defesa, assume o Ministério do Interior do Chile (Foto: EFE/Felipe Trueba)
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou mudanças emnove ministérios de seu governo. A ação é uma tentativa de amenizar a queda de popularidade que tem sofrido nos últimos meses. No total, cinco ministros deixaram seus cargos e quatro foram transferidos para outras posições.
Uma das principais alterações é a saída de Rodrigo Peñailillo doMinistério do Interior para a entrada de Jorge Burgos, até então ministro da Defesa. Segundo informações de O Globo, Peñailillo era visto como braço direito de Bachelet e principal herdeiro político da presidente. Outra alteração de impacto foi a retirada de Alberto Arenas do Ministério da Fazenda para a nomeação de Rodrigo Valdés, diretor do Banco do Estado. Essa é a primeira vez que um ministro da Fazenda é removido de seu cargo desde a redemocratização chilena, em 1990.
Uma reformulação era esperada desde a última quarta-feira (6), quando a presidente pediu que todos os ministros renunciassem. Mas as mudanças só foram anunciadas nesta segunda. De acordo com o G1, a medida foi tomada para superar uma crise de confiançaapós uma sequência de escândalos de corrupção. Um dos acusados é seu filho, Sebástian Davalos, suspeito de participação em um esquema de tráfico de influência.
“Temos uma grande responsabilidade. As pessoas esperam que tudo o que avançamos como país também entre em suas casas e chegue a suas vidas cotidianas”, disse Bachelet aos novos ministros, segundo informações do jornal chileno La Tercera. “Temos muitíssimo trabalho pela frente e não temos nem um minuto a perder”.
De acordo com o El País, trata-se da mudança mais profunda já feita no governo chileno durante o atual período democrático. Também foram removidos de seus cargos Álvaro Elizalde, ex-secretário-geral do governo; Fernanda Villegas, ex-ministra do Desenvolvimento Social; e Claudia Barattini, ex-ministra da Cultura. IU
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