O dólar terminou esta quinta-feira em alta de 2,56%, a 3,2965 reais na venda, maior nível de fechamento desde 1º de maio de 2003, quando atingiu a 3,315 reais na venda. Na máxima da sessão, o dólar atingiu 3,3084 reais, maior nível também desde 1º de maio de 2003, após a presidente Dilma Rousseff negar que realizará uma reforma ministerial. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de 1,3 bilhão de dólares. A declaração da presidente frustrou a expectativa de que mudanças no Executivo poderiam atenuar a rebeldia no Congresso. O mercado também reagiu à demissão de Cid Gomes do Ministério da Educação nesta quarta-feira. A decisão de Cid foi tomada depois de uma sessão tumultuada na Câmara dos Deputados em que houve bate boca entre congressistas e o ex-ministro. "O mercado reage à Dilma agora da mesma forma que parte da população se manifesta, com panelaço, quando ela começa a falar", comparou o operador Ovídio Pinho Soares, da corretora Icap do Brasil. O fato é um ingrediente adicional que tensiona a já complicada relação do governo com a base aliada, o que pode dificultar o andamento do ajuste fiscal. "O custo político de fazer o ajuste está cada vez mais alto e o mercado não gosta disso", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira. (Veja)
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