Getúlio Vargas foi a mais singular das personalidades históricas da vida política do Brasil. Singular e complexa, múltipla e polivalente. Não era apenas um ser humano, muito menos um homem apenas convencional, com seus defeitos e suas qualidades, que às vezes oscilam entre a grandeza e a mediocridade.
Visceralmente retilíneo nas suas crenças e convicções, em seus passos pelo mundo fez profundo e devastador pacto com a vida e a morte, que o guiou até aos extremos a que permaneceu fiel até o último momento, sereno e pacificado, creio eu. Assim ilustrou, com o autoextermínio, que a morte não lhe significava nenhum sacrifício senão o ato redentor da dignidade, que lhe restituía a honra arrancada, elevando-o para a eternidade.
Não lhe exprimia apenas a perda da vida, cujo valor não aferia por critérios puramente humanos; a vitória sobre a morte, de que falou o apóstolo Paulo, era, enfim, o triunfo final e definitivo sobre as misérias humanas, das quais nada mais sobrava, antes reafirmava a divindade e a autonomia do ser humano, pacificando-lhe as atribulações terrenas, que ficavam para trás e lhe permitiam traçar novos caminhos. Leia tudo aqui em http://blogdomariofortes.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário