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quarta-feira, 25 de março de 2015

CAMAÇARÍ-BA: Doença misteriosa não identificada deixa moradores assustados

Um surto de uma doença ainda não identificada tem se espalhado por Camaçari, Grande Salvador, deixando moradores do local assustados. Segundo reportagem publicada na edição desta quarta-feira do jornal A TARDE, os sintomas relatados pela população são de vermelhidão, prurido (coceira) e, em alguns casos, febre e dor no corpo. Segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica da cidade, Celso Joélio, o problema está sendo investigado. Os 18 primeiros casos foram registrados no dia 10 de fevereiro nos bairros Gravatá, Cristo Redentor, Alto da Cruz e Parque das Mangabas. De acordo com Joélio, metade destas pessoas deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gravatá e as outras no Hospital Geral de Camaçari. Ainda no início de fevereiro, os pacientes foram submetidos a exames de sangue para descobrir qual seria a doença.

As primeiras suspeitas seriam de sarampo, rubéola, dengue e febre chikungunya. No entanto, as análises realizadas no Laboratório Central do Estado (Lacen) descartaram as suspeitas iniciais. “Suspeitamos de sarampo, rubéola, dengue e chikungunya, mas os exames deram negativo. Além disso, os primeiros pacientes não relataram febre, sintoma característico”, revelou o gestor. Ainda segundo a reportagem, cerca de 300 pessoas são atendidas por dia.

Um médico, que não quis se identificar, revelou que a doença é responsável por 90% das entradas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nova Aliança nas últimas semanas. Celso Joélio afirmou que, na semana passada, procurou o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Estado e que continua encaminhando amostras de sangue para o Lacen. “Pode ser um comportamento atípico de uma dessas doenças exantemáticas, popularmente conhecidas como viroses. Vamos incluir a roséola na lista de análises”, disse. Enquanto a doença não é descoberta, moradores afirmam suspeitar que o fato de a cidade estar próxima à um polo industrial pode ter provocado alterações na água e no ar, causando os sintomas.

Sobre a suspeita de poluição da água, Celso Joélio afirmou que encaminhou amostra de água para análise de coliformes fecais e turbidez, mas não foi encontrada anormalidade. Quanto a suspeita de poluição da água, Érico Oliveira, superintende do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), relatou que a Cetrel, empresa que faz controle ambiental da região, não registrou nada de anormal e afirmou que “é preciso investigar e não ligar o caso à proximidade com as indústrias antes de um embasamento técnico”. (Nota do BN)

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