Uma inspeção do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que quase R$ 1 bilhão em equipamentos da transposição do Rio São Francisco estão armazenados de forma imprópria e podem ser danificados antes mesmo de começar a funcionar. De acordo com a Folha de S. Paulo, válvulas, bombas, tubos e comportas estão no chão ou em locais sem proteção, o que permite que animais como ratos e insetos façam ninhos em materiais que custaram aos cofres públicos mais de R$ 10 milhões. Fiscalizações anteriores do TCU já haviam apontado sobrepreço no projeto, que em 2007 foi orçado em R$ 4,5 bilhões mas já custa quase R$ 8 bilhões. Alguns equipamentos foram comprados há cerca de cinco anos, já que a conclusão da obra estava prevista para 2010. Contudo, como o contrato não previa que as construtoras fossem responsáveis pelos cuidados com as ferramentas, elas foram colocadas nos canteiros de obras. Segundo o relatório do tribunal, as condições de armazenamento não obedecem os manuais dos fabricantes. "Destacam-se equipamentos dispostos diretamente sobre o solo e em local aberto, quando deveriam ser armazenados cobertos e a uma distância mínima do chão; falta de precauções contra ações de insetos e animais roedores, bem como contra excrementos de aves", diz o texto. O ministro responsável pelo caso, Raimuno Carreiro, determinou que o Ministério da Integração Nacional – responsável pela transposição – resolva o problema em 60 dias e que seja garantido que os produtos “estarão na garantia quando começarem a funcionar”. O Ministério da Integração Nacional disse que não poderia se manifestar porque não foi notificado oficialmente pelo TCU. BN
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