> TABOCAS NOTICIAS : Patrões e empregados criticam alta de juros

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Patrões e empregados criticam alta de juros

Ilustração/Reprodução
Depois de subir 0,25 ponto percentual a taxa Selic em outubro, o Banco Central dobrou o reajuste: subiu mais meio ponto percentual ontem, elevando a taxa básica de juros de 11,25% para 11,75% ao ano, maior desde agosto de 2011 quando estava em 12%. A velha e amarga receita de aumentar juros para tentar conter a inflação não agradou gregos nem troianos. Centrais de trabalhadores como a CUT e a Força Sindical afirmaram que isso só beneficia especuladores do mercado.

Representantes patronais também torcem o nariz. A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) destacou, em comunicado, que a indústria de transformação e os investimentos devem encerrar o ano com queda em torno de 3,5% e 7,0%, respectivamente. “Ao utilizar apenas a taxa de juros como instrumento de controle da inflação, o governo erra e derrubará ainda mais a atividade econômica, que já se encontra anêmica”, diz a nota.

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, também criticou a decisão do Conselho Monetário do BC, afirmando que "enquanto o governo federal não apresentar medidas concretas de ajuste na economia, tem somente a opção do remédio amargo do curto prazo, que é elevar o juros”. Longen frisou que o setor industrial discorda da elevação mês a mês da taxa básica de juros, o que, afirmou, “inibe o investimento e a expansão industrial, que vem demostrando sinais claros de desaquecimento. Esperamos que outras medidas de ajuste de médio e longo prazo sejam anunciadas”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário