por Samuel Celestino
O juiz Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava Jato, ficou estarrecido ao descobrir que a corrupção não estava exclusivamente vinculada à Petrobrás, mas a diversas entidades de públicas setores e ministérios diferenciados, nas obras espalhadas pelo País. O escândalo, deste modo, vai muito além do que se supunha e mancha, de vez, a vida publica e a governança brasileira. Sérgio Moro detectou que somente o doleiro Alberto Youssef, que está sob delação premiada, tinha em seu poder, 750 contratos, muitos da Petrobrás, mas, de igual modo, de obras realizadas em diversos estados. Não se refere, ainda, se as obras (na maioria do governo federal) tinham a participação dos governos dos estados. A forma de atuar das empreiteiras era semelhante aos contratos firmados pela petroleira, com superfaturamentos e propinas distribuídas ao deus dará com os intermediários que conseguiam os contratos. Já havia suposição de distribuição de comissões escancaradas Brasil afora, “sem o conhecimento” do governo federal. Há informações consistentes sobre dinheiro distribuído pelas empreiteiras para as campanhas eleitorais oriundas não delas, mas das fontes ou obras dos diversos setores onde a corrupção estava entranhada. Pouco a pouco a Operação Lava Jato levanta novos indícios escancarando o processo de corrupção que, na verdade, estava em toda parte e não somente da estatal do petróleo.
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