O encontro dos Governadores Eleitos realizado no Centro de Convenções de João Pessoa, nesta terça-feira (09) apontou para alguns pontos em comum entre os gestores recém eleitos. Entre esses pontos está a intenção que o Brasil saia de uma pauta onde a corrupção tem tomado os veículos de Imprensa.
Os governadores ainda cobraram um maior investimento da União no desenvolvimento do Nordeste e apesar de não estarem de comum acordo com o retorno da CPMF, foram unanimes ao pedir um nova fonte de financiamento para a saúde.
Os governadores petistas, como Rui Costa, Wellington Dias e Camilo Santana fizeram questão de enaltecer a política da presidente Dilma Rousseff (PT) no que diz respeito ao Mais Médicos. Os demais governadores que apoiaram a reeleição do presidente, como Ricardo Coutinho (PSB), Renan Filho (PMDB), Robson Faria (PSD), Flávio Dino (PCdoB) apesar de pedirem mais verbas do governo federal e apontarem temas como a saúde, educação e segurança como temas sensíveis para os gestores, com uma ou outra inclusão de pontos mais locais, mantiveram o discurso ameno à presidenta. Apenas o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), não foi claro quanto o apoio à presidente e centrou fogo na necessidade da melhora dos indicadores da região. O deputado estadual Anísio Maia (PT) encaminhou moção assinado pelos deputados da Assembleia Legislativa para quer os governadores apoiassem a aprovação da PEC 57 que cria o Fundo Nacional do Semiárido, que tramita no Congresso Nacional desde 1999.
“O apelo foi subscrito por todos os deputados presentes na sessão, que a carta contenha o apoio a aprovação da PEC 57”, leu o governador durante o encontro.
Confira trechos do discurso do governador eleito do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, que aponta para o que deve ser esperado na nova gestão da região.
“Gostaria de destacar dois pontos fundamentais, o primeiro diz respeito a falência da falta de recursos hídricos. Falta d’água no Nordeste. No Rio Grande do Norte estamos com quase metade dos municípios faltando água para beber. Infelizmente, os governadores que nos antecederam governam sempre pensando em políticas públicas, não em políticas de Estado. Essa cultura é atrasada. Por isso que o povo renova seus quadros e quebra o paradigma. Por isso o meu estado está em falência hídrica. A proposta obvia pela falência dos recursos, é fazer um pacto do nordeste para fortalecer todos os estados, fazer uma interligação das bacias hídricas, assim um estado estaria socorrendo o outro. É um estado delicado, mas fundamental. O segundo ponto é até uma ousadia, o RN como muitos dos demais estados, está vivendo um bum da fase de energia eólica, e posteriormente vai chegar a energia solar. Nós temos o melhor vento do mundo, em velocidade e constância. No RN vamos ter brevemente uma Itaipu somente de energia renovável. Todavia, a energia eólica não deixa para estado ICMS, royalties, nem emprego, porque é tudo mecânico. A riqueza fica para o sudeste. O nordeste oferece sua matéria prima para fortalecer a economia do sul do Brasil. A proposta é que essa energia eólica, o RN já está auto-sucifiente de energia, a minha proposta é que uma parte dessa energia, já que é uma legislação federal e eu não tenho como mudar, fique uma parte, ao invés de se criar um imposto, que seja revertida uma parte dessa energia eólica para fomentar cadeias produtivas rurais. A energia do Brasil é uma das mais caras do Brasil. Estamos vivendo uma epidemia da violência”. Fonte: Portal da Paraíba
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