Terra - A Camargo Corrêa, uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, pagou R$ 886,5 mil para a empresa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP) entre 2010 e 2011 para a prestação de um suposto serviço de consultoria. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, entre as tarefas de Dirceu estava a "análise de aspectos sociológicos e políticos do Brasil", "assessoria na integração dos países da América do Sul" e "palestras internacionais". O contrato foi assinado em abril de 2010, quando o ex-ministro já era réu do mensalão.
A cópia do contrato foi apreendida durante a Lava Jato na sede da empreiteira em São Paulo, no dia 14 de novembro. No relatório, fica detalhado que a primeira parcela paga foi de R$ 221 mil. O restante do dinheiro seria pago posteriormente e Dirceu deveria "permanecer à disposição" da empreiteira para "prestar quaisquer informações sobre os serviços para os quais foi contratada". Uma das cláusulas do contrato orientava Dirceu a trabalhar para a "divulgação do nome da contratante (Camargo Corrêa) dentro da comunidade internacional e nacional". Por meio de sua assessoria, Dirceu negou que o contrato com a Camargo tenha qualquer relação com a Petrobras. A construtora também confirmou a existência do acordo, mas não quis comentá-lo.
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