Após o discurso do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta terça-feira (9), no qual pediu uma reformulação da Petrobras, com substituição de sua diretoria, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declarou que não há indícios de que a presidente da estatal, Graça Foster, ou outros diretores tenham cometido atos ilícitos. "Não há nenhuma razão objetiva para que atuais diretores sejam afastados", afirmou em coletiva de imprensa. Cardozo disse ainda que as declarações de Janot fizeram com que ele questionasse se o procurador conhecia algum indício contra Foster. No entanto, a resposta foi negativa. Para o ministro, a presidente ainda foi responsável por medidas como a criação de um programa de combate à corrupção e de uma diretoria de Governança, para analisar se os procedimentos realizados pela Petrobras estão de acordo com a lei. Apesar de sair em defesa da diretoria, Cardozo reconheceu que "há fortes indícios de corrupção" na estatal, o que atingiu a empresa. "Quando há corrupção, evidentemente, temos que colocar as coisas naquilo que efetivamente existe. Na Petrobras há fortes indícios de corrupção, isso evidentemente acaba atingindo a empresa, e a nossa tarefa hoje é exatamente essa, de apurar, punir e afastar da empresa quem ainda não está afastado", disse durante a Conferência Internacional de Combate à Corrupção. BN
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