1. Tráfico controla até o voto no Rio
O Filtro já mostrou como que, em 41 comunidades ou bairros do Rio de Janeiro, a campanha eleitoral é controlada pelo tráfico ou pelas milícias. Nesta quinta-feira (28), surgiram novas informações sobre o caso. O jornal O Globo obteve o relatório da Secretaria de Segurança do Rio detalhando a forma como traficantes e milicianos se aproveitam da campanha.
Segundo o jornal, em sete áreas controladas por traficantes ou milicianos, só o PMDB tem autorização para fazer campanha. Já em outras regiões, especialmente as que receberam "migrações" de traficantes que fugiram de UPPs, como Niterói e São Gonçalo, as placas do candidato do PMDB ao governo, Luiz Fernando Pezão (PMDB), estão proibidas.
O relatório mostra que a estratégia das milícias e dos traficantes são diferentes. Nas áreas controladas por milicianos, há a prática voto do cabresto. Os milicianos fizeram um cadastro com o número do título de eleitor dos moradores para controlar os votos. Já nas áreas controladas pelo tráfico, há um "comércio" de locais de campanha. Os traficantes dividiram as favelas em várias partes e "oferecem" essas áreas para os candidatos fazerem campanha livremente - por um preço.
Com o relatório em mãos, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu pedir a intervenção da Força Nacional de Segurança nas favelas do Rio durante as eleições.
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