O PT levou ao ar na noite de quinta-feira uma propaganda de dez minutos. Como de hábito, Lula foi a principal estrela. O marqueteiro João Santana enxertou na peça pedaços de um discurso de 37 minutos que Lula fizera em 2 de maio, no congresso partidário que aclamou Dilma Rousseff como recandidata. A edição foi caprichada. Separou-se um lote de meias verdades ditas por Lula. Depois, injetou-se na propaganda a metade que não combina com a realidade. Recolheram-se frases de pontos distintos da fala de Lula para emendá-las no seguinte raciocínio: “Esse partido não nasceu para fazer tudo o que os outros fazem. E nós precisamos voltar a recuperar o orgulho que foi a razão da existência desse partido. Se alguém, dentre nós, cometer um erro tem que pagar pelo erro que cometeu. Nós criamos um partido político foi para ser diferente de tudo o que existia quando nós criamos esse partido. Esse partido nasceu para provar que é possível fazer política de forma mais digna, fazer política com ‘P’ maiúsculo.” Num dos trechos cortados, Lula ensaiara uma autocrítica. Ele evocara os tempos “difíceis” do PT, momentos em que o partido “às vezes não tinha panfleto para divulgar uma campanha.” E reconhecera que a verba desvirtuara a legenda. “Hoje, parece que o dinheiro resolve tudo. Os candidatos a deputado não têm mais cabo eleitoral gratuito. É tudo uma máquina de fazer dinheiro, que está fazendo o partido ser um partido convencional.” Lula se referia ao deputado André Vargas quando disse que quem erra tem de pagar. Trata-se daquele deputado paranaense que manteve um relacionamento monetário com o doleiro preso Alberto Youssef. Moído pelo partido, Vargas deixou a vice-presidência da Câmara, desfiliou-se do PT e virou uma cassação esperando para acontecer na Câmara. Blog do Josias
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