Uma auditoria da Petrobras, obtida por ÉPOCA, revela que os diretores da estatal tiveram pressa para fechar um contrato com a Odebrecht, no valor de US$ 826 milhões, durante o segundo turno das eleições de 2010. Segundo a auditoria, normas da Petrobras foram violadas para que o contrato fosse assinado o quanto antes. Segundo o lobista João Augusto Henriques, que supervisionava as operações da Diretoria Internacional, naquele momento ocupada pelo PMDB, a pressa devia-se ao segundo turno das eleições presidenciais. Se o contrato não fosse assinado até o dia 31 de outubro de 2010, a Odebrecht não pagaria o equivalente a US$ 8 milhões para a campanha de Dilma Rousseff, do PT, diz João Augusto. O contrato foi assinado cinco dias antes das eleições.
Como revelou ÉPOCA em sua última edição, há suspeitas de irregularidades no contrato com a Odebrecht, que previa a prestação de serviços de segurança, meio ambiente e saúde no Brasil e no exterior. De acordo com uma auditoria preliminar da Petrobras, o contrato fora assinado por empregado sem poderes para tal. O funcionário indicado pela Diretoria Executiva para essa providência estava em missão externa. "O contrato foi assinado em 26/10/2010 por um dos coordenadores da Área Internacional, sem que houvesse/haja evidência qualquer de delegação de poderes para assinar o contrato. Em 27/10/2010, ou seja, um dia após a assinatura do contrato, o titular já havia retornado , afirmaram os auditores.
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