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terça-feira, 20 de maio de 2014

Pelé critica atraso de estádios e se diz contra protestos na Copa

(Reuters) - Os possíveis protestos e os atrasos na construção de estádios comprometem a Copa do Mundo no Brasil, e estrangeiros estão cancelando suas viagens ao país, disse Pelé nesta segunda-feira no México.

Desde que o Brasil foi escolhido para sediar o Mundial, em 2007, os organizadores têm enfrentado vários problemas, como as milhares de pessoas que protestaram nas ruas durante a Copa das Confederações, o que deve ser repetido durante o torneio que será disputado de 12 de junho a 13 de julho.

As manifestações "sim (poderiam colocar o Mundial em perigo), porque tenho conhecimento que 25 por cento dos estrangeiros já cancelaram sua viagem para o país", disse Pelé em entrevista coletiva no México.

"Quando o Brasil foi designado para organizar a Copa do Mundo as pessoas deveriam ter se manifestado e não esperar agora que o Mundial já está muito próximo. Ninguém pensou que o Brasil tem três eventos importantes, que são a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, para apresentar o país, para levar divisas e para o turismo", acrescentou o ex-jogador.

Na semana passada, manifestantes irritados com o custo da Copa colocaram fogo em pneus perto da Arena Corinthians, em São Paulo, que custou cerca de 1 bilhão de reais e vai sediar a abertura da competição, com a partida entre Brasil e Croácia.

As manifestações são um reflexo da frustração de muitos com os gastos com o Mundial em um país com carências na educação, saúde e transporte público.

O clima de instabilidade gerado pelos protestos soma-se aos atrasos na construção de estádios.

"Esse é um dos problemas que eu apontei há seis anos, sabíamos que o Brasil ganhou o direito de ter a Copa do Mundo e agora, um mês antes, há estádios que não estão finalizados e que têm muitos problemas, e isso é uma pena", declarou Pelé, tricampeão mundial com a seleção brasileira.

Das 12 sedes para a Copa do Mundo, apenas duas, Belo Horizonte e Fortaleza, entregaram seus estádios no prazo estabelecido pela Fifa.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse mais cedo nesta segunda-feira que ainda há muito a fazer nos 24 dias até a abertura do torneio. (Reportagem de Carlos Calvo)

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