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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Mubarak é condenado a 3 anos de prisão por desvio de verba pública

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ex-presidente deposto do Egito Hosni Mubarak ouve sua sentença anunciada pelo Tribunal Penal do Cairo (Foto: AP Photo/ Hassan Mohammed)

Aos 85 anos, o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak foi condenado nesta quarta-feira (21) a três anos de prisão por apropriação indevida de fundos públicos em um caso relacionado com o orçamento dos palácios presidenciais. O Tribunal Penal do Cairo sentenciou também os filhos do ex-mandatário, Alaa e Gamal a quatro anos de prisão, cada um, pelas mesmas acusações.

Hosni, Alaa e Gamal foram considerados culpados pela acusação de desvio de cerca de 125 milhões de libras egípcias (o equivalente a US$ 18 milhões ou R$ 39 milhões), usadas para reformar e decorar propriedades imobiliárias próprias nos bairros de Heliópolis e Katameya, no Cairo, e nas localidades litorâneas de Sharm el-Sheikh e Marina, entre outras. Também eram processados neste caso os egípcios Mohiedin Abdel Jatim e Amre Mohammed, que trabalhavam para a presidência egípcia; e Abdel Hakim Mansur e Majid Hassan, funcionários em uma empresa terceirizada de projetos de construção. 

Além do tempo de reclusão, os reús foram sentenciados a compensar o governo egípicio com 21 milhões de libras egípcias (o equivalente a US$ 3 milhões ou a R$ 6,6 milhões), pagar uma multa de mais 125 milhões (cerca de US$ 18 milhões ou R$ 39 milhões) e arcar com todas as depesas do julgamento. A primeira sessão do julgamento aconteceu em fevereiro deste ano. Nela, Mubarak negou as acusações. "Todo o mencionado pela Promotoria Pública não aconteceu em absoluto e é infundado." Mubaraki e seus filhos ainda podem recorrer da decisão judicial.

Alaa e Gamal estão presos no presídio de Tora, no Cairo. Hosni Mubarak está sob prisão domiciliar no Hospital das Forças Armadas de Maadi. Em 2012, ele foi condenado à morte pelo assassinato de manifestantes durante a Primavera Árabe, movimento popular que o tirou do poder em 2011. A defesa de Mubarak apelou e ele aguarda, em casa, o andamento do caso judicial. Em outra decisão, a Justiça ordenou a retirada do nome do ex-presidente e de sua mulher, Suzan, das praças, ruas, estações de metrô e instituições públicas egípcias. Além disso, o ex-mandatário é acusado em dois outros casos de corrupção, que ainda devem ir a tribunal.

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