Um morador de rua identificado como Marco Tulio Sevillano, conhecido como "Calidoso", foi queimado vivo junto com seus três animais de estimação em uma zona central de Bogotá por desconhecidos que o envolveram com gasolina enquanto dormia e depois atearam fogo em seu corpo, informaram nesta quarta-feira as autoridades.
O ataque ocorreu em 2 de maio perto do Parque Nacional e da Universidad Javeriana e a vítima morreu uma semana depois no Hospital Santo Inácio em consequência de graves queimaduras sofridas, informou a polícia.
A Procuradoria Geral assumiu a investigação, que aponta que há possibilidade dos responsáveis serem torcedores de futebol violentos ou membros de um grupo de inspiração neonazista.
O defensor público, Jorge Armando Otálora, após ficar sabendo da notícia a qualificou de "selvagem" e pediu à polícia e à promotoria que dêem prioridade às investigações "deste atroz fato".
"É necessário identificar os responsáveis e submetê-los à Justiça para que não haja impunidade", disse Otálora em comunicado no qual disse, além disso, que na Colômbia os direitos humanos devem prevalecer sem importar a condição social, econômica e cultural dos cidadãos.
O comandante da Polícia Metropolitana de Bogotá, general Édgar Sánchez Morales, informou que essa instituição ofereceu uma recompensa de até 20 milhões de pesos (cerca de US$ 10,4 mil) por informação para esclarecer o homicídio.
Otálora que também qualificou o caso como "brutal assassinato", disse que quando a vítima, como neste caso, "é uma pessoa indefesa e em condição de vulnerabilidade, o Estado dever atuar com prontidão".
Segundo testemunhos de estudantes da Universidade Javeriana, em cujas cercanias ocorreu o crime, Sevillano, oriundo do departamento de Valle del Cauca, no sudoeste do país, era conhecido no setor, onde vivia há anos junto com uma cadela e dois gatos que também foram queimados vivos.
Estudantes de várias faculdades que o conheceram farão hoje um enterro simbólico em homenagem a Sevillano e exigiram que as autoridades encontrem os responsáveis do cruel assassinato.
"Chamávamos ele de 'Calidoso' porque tratava todo o mundo com afeto, nos cumprimentava e inclusive nos acompanhava enquanto pegávamos o transporte", disse aos meios locais um universitário. EFE
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