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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Morador de rua é queimado vivo junto com seus animais de estimação em Bogotá

Um morador de rua identificado como Marco Tulio Sevillano, conhecido como "Calidoso", foi queimado vivo junto com seus três animais de estimação em uma zona central de Bogotá por desconhecidos que o envolveram com gasolina enquanto dormia e depois atearam fogo em seu corpo, informaram nesta quarta-feira as autoridades.

O ataque ocorreu em 2 de maio perto do Parque Nacional e da Universidad Javeriana e a vítima morreu uma semana depois no Hospital Santo Inácio em consequência de graves queimaduras sofridas, informou a polícia.

A Procuradoria Geral assumiu a investigação, que aponta que há possibilidade dos responsáveis serem torcedores de futebol violentos ou membros de um grupo de inspiração neonazista.

O defensor público, Jorge Armando Otálora, após ficar sabendo da notícia a qualificou de "selvagem" e pediu à polícia e à promotoria que dêem prioridade às investigações "deste atroz fato".

"É necessário identificar os responsáveis e submetê-los à Justiça para que não haja impunidade", disse Otálora em comunicado no qual disse, além disso, que na Colômbia os direitos humanos devem prevalecer sem importar a condição social, econômica e cultural dos cidadãos.

O comandante da Polícia Metropolitana de Bogotá, general Édgar Sánchez Morales, informou que essa instituição ofereceu uma recompensa de até 20 milhões de pesos (cerca de US$ 10,4 mil) por informação para esclarecer o homicídio.

Otálora que também qualificou o caso como "brutal assassinato", disse que quando a vítima, como neste caso, "é uma pessoa indefesa e em condição de vulnerabilidade, o Estado dever atuar com prontidão".

Segundo testemunhos de estudantes da Universidade Javeriana, em cujas cercanias ocorreu o crime, Sevillano, oriundo do departamento de Valle del Cauca, no sudoeste do país, era conhecido no setor, onde vivia há anos junto com uma cadela e dois gatos que também foram queimados vivos.

Estudantes de várias faculdades que o conheceram farão hoje um enterro simbólico em homenagem a Sevillano e exigiram que as autoridades encontrem os responsáveis do cruel assassinato.

"Chamávamos ele de 'Calidoso' porque tratava todo o mundo com afeto, nos cumprimentava e inclusive nos acompanhava enquanto pegávamos o transporte", disse aos meios locais um universitário. EFE

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