A partir do dia 10 de março deste ano, meninas entre 11 e 13 anos vão poder vacinar-se na rede pública de saúde contra quatro tipos diferentes do Papiloma vírus, o agente causador do HPV, uma das doenças sexualmente transmissíveis mais frequentes em todo o mundo. Porém algumas mães conservadoras pretendem boicotar a vacinação e, consequentemente, a saúde das filhas.
Em imagem de jornal de Vitória/ES que circula na internet, religiosas afirmaram em uma declaração absurda que “a melhor prevenção [contra o HPV] é a fidelidade”. Preocupadas com o que acreditam ser um possível “incentivo à iniciação sexual” das meninas, as mulheres não vão permitir que as filhas recebam as doses da vacina porque “elas se sentiriam imunizadas e tentariam experimentar o novo”, como disse uma das entrevistas.
A vacina vai ser aplicada em três doses, em intervalos que variam de meses a anos. Após receber a primeira dose, a menina volta para tomar a segunda seis meses depois. Já a terceira e última dosagem só é aplicada depois de cinco anos da primeira. Para garantir a eficácia do alcance da campanha de vacinação, escolas públicas e privadas também vão realizar a imunização, mas as doses vão ser aplicadas somente com autorização prévia dos pais ou responsáveis.
Em mulheres adultas, o exame que detecta a presença do Papiloma vírus no organismo é o Papanicolau. Por a maioria das infecções ser assintomática, ou seja, não apresentar sintomas clínicos, o vírus pode provocar doenças mais graves a longo prazo, uma delas o câncer. Atualmente, estima-se que o HPV seja responsável por 95% dos casos de câncer no colo do útero, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
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