O Corpo de Bombeiros e a Coordenadoria de Defesa Civil do Estado (Cordec) encerraram as buscas desta segunda-feira (9) pela 17ª vítima do temporal que atingiu a cidade de Lajedinho, na Chapada Diamantina, e causou a morte de, pelo menos, 16 pessoas. Em contato com o Bahia Notícias, o coordenador da Cordec, Salvador Britto, afirmou que os trabalhos serão retomados nesta terça-feira (10). A suspeita é de que a vítima ou o corpo dela tenha sido levado pela água por cerca de 30 quilômetros. “É um local muito deserto e tem algum indicativo [de que se trata da área onde estaria a vítima]. É um ponto de difícil acesso e o trabalho hoje está suspenso. Fica dentro de uma fazenda, distante cerca de 30 quilômetros”, explicou Britto. Em paralelo às buscas, segue em análise o tamanho do prejuízo para a cidade, que pode passar da casa dos R$ 100 milhões. “É muito difícil estimar. Tem uma engenheira trabalhando nisso. Ainda não tem parcial, é muito complicado. Se for pensar em todos os aspectos, provavelmente [o prejuízo], passa [de R$ 100 milhões]. Tem sede de prefeitura, Unidade de Saúde da Família, infraestrutura pública, rua que perdeu toda a pavimentação, fora as questões de remanejamento das pessoas, o que tem de ser feito”, destacou. O coordenador da Defesa Civil da Bahia também alertou que grande parte das casas da cidade ficava no fundo de um vale, local também da sede de Lajedinho, e que “não deveria nunca ter sido ocupado”. “É uma cidade pequena e, proporcionalmente, esse volume de destruição e perda de vidas é muito grande. A primeira preocupação é com a questão da saúde, por isso o Estado trouxe um especialista nessa área. Agora, estamos tratando com o prefeito para fazer o levantamento de tudo que foi perdido", completou o governador Jaques Wagner, que esteve na cidade nesta segunda. A prefeitura de Lajedinho lançou uma campanha para quem quiser ajudar as vítimas. O secretário nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior, destacou ainda que será realizada uma reunião para avaliar os danos e direcionar as ações para auxílio ao município. “A ideia é que, amanhã [terça], a Defesa Civil Nacional já receba esse levantamento e tenha um panorama melhor para definir nossa atuação. Há muito a ser feito. O governo da Bahia, por exemplo, já está fazendo aterros para reestabelecer o trânsito. Vamos auxiliar no que for preciso, especialmente nesse primeiro momento, com alimentação, água, colchões e cobertores”, disse.BN
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