Em pleno ano eleitoral, as tarifas de energia elétrica vão ficar mais caras ao consumidor. O rombo que a queda forçada nos preços de energia, em 2012, provocou no caixa das empresas do setor começará a ser coberto pelas contas de luz em 2014.
O impacto é certo, mas o seu tamanho e o momento exato em que ele ocorrerá dependerão das chuvas no próximo ano e da região onde o está o consumidor.
O reflexo será determinado também pelo resultado do leilão de energia já existente (A-1), marcado para terça-feira. Nele, as distribuidoras precisam contratar 6.000 MW médios, o equivalente a 15% do mercado regulado. Há dúvidas sobre se haverá oferta suficiente para atender completamente à demanda.
Para atrair o interesse das geradoras, o governo impôs um preço-teto mais alto do que o praticado em outras tentativas de leilões de energia existente promovidas neste ano e que não tiveram oferta por parte das geradoras.
Para o leilão da próxima semana, o preço-teto para contratos de um ano é de R$ 192 por MWh, ante cerca de R$ 120 por MWh dos contratos vigentes, em média.
Assim, mesmo que o leilão seja um sucesso, o preço da energia para uma parcela significativa do mercado -o volume a ser contratado equivale a até 40% do abastecimento das residências do país- será mais alto em 2014.
Já na hipótese de o leilão ser parcialmente bem-sucedido ou fracassado, a conta de luz ficaria ainda mais cara. Quanto ela encareceria é difícil prever, pois o volume que precisa ser contratado varia entre as distribuidoras.Fonte: Com informações da Folha Online
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