Uma jornalista de um estado situado na Região Norte do país, o Rio Grande do Norte, tem o despautério de alardear em uma rede social usada por milhões de pessoas no mundo inteiro, que as médicas cubanas parecem, tem cara de empregadas domésticas. O nome da jornalista Micheline Borges. Qual o motivo que a levou a tomar tal atitude, somente ela poderá nos dizer. Enquanto isso, no Ceará, outro Estado situado no Nordeste do país, médicos brasileiros e entre eles a maioria mulheres, hostilizam de maneira preconceituosa os médicos cubanos que participavam do primeiro curso para avaliação profissional. Em Minas Gerais, o Conselho Regional de Medicina, através de o seu presidente João Batista Gomes Soares, afirmou que os seus associados, os médicos mineiros, não irão socorrer os pacientes que forem vitimas de “possíveis erros” das avaliações médicas cubanas. Isso pode ser considerado um claro estímulo ao crime de omissão de socorro e pode ser punidos por lei.
Já as redes sociais tem demonstrado um posicionamento menos desastroso e menos preconceituoso. Apesar de notarmos uma grande parte da população contra a vinda dos médicos estrangeiros. É neste contexto que afirmo ouvir O GRITO DOS DESEQUILIBRADOS. Não quero dizer que estou contra os médicos que lutam pelos seus direitos e que querem uma saúde melhor, com equipamentos de alta complexidade, com estrutura hospitalar, com medicamentos que atenda toda a população, antes da importação da mão de obra. O que me deixa estarrecida é a uma demonstração clara da face hipócrita e egoísta de uma sociedade retrógrada, que causa constrangimento a maioria da população brasileira que não é conivente e possui o mínimo de bom senso. Lutar para a não vinda dos médicos é uma coisa, denegrir e aviltar a pessoa humana é outra, e o que vimos e assistimos através das redes sociais e dos veículos de informação em geral, é um comportamento que não condiz com os bravos médicos brasileiros.
Pode ser que o comportamento dessas pessoas sejam fatos isolados e que a maioria dos profissionais não concorde com o que aconteceu, mas quando alguns elementos de uma categoria profissional se mostra tão pernicioso, há uma necessidade imediata da tomada de providências sérias para que os fatos não se repita e o povo brasileiro não seja taxado de aloprados, preconceituoso e discriminador. E são esses fatos e acontecimentos que me levaram a repensar e me deixaram a favor da vinda dos médicos cubanos, portugueses, espanhóis etc, para atenderem a população brasileira que necessitam de atendimento profissional e se deslocam para outros centros para serem atendidos por um médico.
Maria José Gonçalves (Tia Nen)
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