Mais da metade dos cardeais que irão eleger o próximo Papa católico ainda não decidiram em quem irão votar no conclave que começa na terça-feira, de acordo com informações do jornal espanhol "El Mundo". De acordo com o diário, tais votos serão decisivos, frente a uma bipolarização das preferências constituindo em dois grupos: um pelo italiano Angelo Scola e outro pelo brasileiro Odilo Pedro Scherer.
"Da última vez existia uma figura de peso, bem acima dos outros cardeais. Era um teólogo único: estamos falando de Joseph Ratizinger. Mas agora, a situação é diferente. Temos que escolher entre um, dois, três, quatro... 12 candidatos. Agora, não sabemos realmente de nada. Devemos esperar o resultado da primeira votação", contou ao diário o cardeal francês Philippe Barbarin, um dos que ainda não decidiu o voto.
Já oito vaticanistas consultados pelo diário de Milão "Corriere della Sera" apostaram que, se o novo Papa não for italiano, ele deve ser ou dos EUA ou do Brasil. O cardeal mais votado na pesquisa foi o arcebispo de Boston, Sean O'Malley, de 68 anos. Em segundo lugar veio o brasileiro dom Odilo Pedro Scherer, de 64 anos. Entre os italianos, Angelo Scola, de 71 anos, é o maior palpite dos entrevistados.
A primeira reunião do conclave será iniciada na terça-feira às 18h (14h no horário de Brasília). O encontro será uma espécie de ensaio geral, segundo o vaticanista Andrea Tornielli, que colabora com o diário italiano "La Stampa". O especialista defende que o primeiro escrutino vai servir para medir forças e dar uma noção aos cardeais se há alguma candidatura mais forte entre os religiosos.
De acordo com o "El Mundo", 40 votos já estariam com Angelo Scola, compostos principalmente por cardeais estrangeiros e que tem como objetivo uma reforma na Cúria. Já o brasileiro Scherer teria cerca de 30 votos confirmados, em maioria de religiosos da cúpula da Santa Sé. No entanto, os dois estariam longe das 77 papeletas necessárias para a escolha do novo líder da Igreja Católica.
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