Minutos antes da derrota para o Nova Iguaçu por 2 a 0, na última quarta-feira, o ex-presidente do Vasco Eurico Miranda comentou a atual situação do clube. Sempre polêmico, Eurico disse que pode ser obrigado a voltar para o comando do Cruz-Maltino caso a crise instalada na Colina se amplie.
- Eu não vou entrar nessa hipótese de 0 a 10. Da maneira como o Vasco está, da maneira como o Vasco se encontra, da maneira como eles estão cuidando do Vasco, eu não vou voltar, eu serei obrigado a voltar. E tem o seguinte. Eu nunca perdi uma eleição no Vasco. Os adversários podem começar a ficar preocupados, porque eu nunca perdi. Isso não quer dizer que eu hoje sou candidato. O que quer dizer é o seguinte: se o Vasco continuar nessa toada, da maneira como está, aí o Vasco vai precisar de mim. Eu fiz uma jura de que eu só voltaria ao comando se o Vasco efetivamente precisasse de mim - disse Eurico Miranda, à Fox Sports.
As críticas para a diretoria de Roberto Dinamite não pararam por aí. Para o ex-presidente, a contratação de Juninho Pernambucano foi errada.
- É claro (que a contratação foi um erro), o Vasco fez muita coisa no desespero. A busca e a recuperação do ídolo. O Juninho viveu do Vasco do gol que ele fez no River Plate. Mas todo mundo esqueceu do gol que ele perdeu no mundial. Isso acontece com o jogador - afirmou.
Ainda sobre o Reizinho, Eurico comentou o salário recebido pelo jogador. Segundo o ex-mandatário, os vencimentos do meia eram altos, ao contrário do que veiculado pela atual diretoria do Vasco.
- O Juninho já estava acertado, não é? Já tinha as filhas nos EUA, era melhor. E aí foi criar aquela história de que jogava por amor ao Vasco. Esse negócio de amor em jogador de futebol acabou há muito tempo, não é? Eu já não peguei isso mais. Amor é outra coisa. Aí o jogador chega e os dirigentes diziam que ele jogava de graça, que não pagavam. O Juninho veio para cá e ganhava 50 pratas por partida, que é um grande salário. Cinquenta mil são cinco anos de um trabalhador que ganha mil reais por mês. O cara ganha num jogo - declarou.
E quando perguntado sobre o status de ídolo que o atleta tem, o ex-presidente foi categórico.
- Não, que ídolo. Ídolo não é assim - criticou. Diário LANCE!
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