Marina Terra, de Caracas / Opera Mundi
O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na última quarta-feira 13 que foi detectado um plano para atentar contra a vida de Henrique Capriles, candidato da oposição à eleição presidencial de 14 de abril. De acordo com Maduro, o atentado estaria sendo planejado por setores da ultradireita nos Estados Unidos.
"O que vou dizer o direi responsavelmente. Foram detectados planos da ultradireita vinculada a Roger Noriega e Otto Reich nos EUA para cometer um atentado contra o candidato presidencial da oposição, Henrique Capriles Radonski", afirmou Maduro durante a inauguração da Feira Internacional do Livro de Caracas.
Noriega é embaixador norte-americano na OEA (Organização dos Estados Americanos) e foi conselheiro para assuntos internacionais da administração de George W. Bush, enquanto Reich, nascido em Cuba, foi subsecretário dos EUA para a América Latina.
Segundo Maduro, o governo colocou "imediatamente" à disposição de Capriles "toda a proteção policial e de segurança para garantir sua tranquilidade, sua vida e seus direitos políticos, e para que faça a campanha que tenha que fazer".
A oposição denunciou na terça-feira (12/03) que Capriles recebeu ameaças de agressão antes de firmar sua candidatura à presidência no CNE (Conselho nacional Eleitoral). Os opositores exibiram fotos enviadas a Capriles nas quais a imagem do candidato aparece na tela de uma televisão com duas mãos lhe apontando armas de fogo.
Maduro também fez também um chamado aos seguidores do oficialismo a manter a calma e não cair em provocações. "Que ninguém acredita que atirando um tomate no candidato da oposição vai estar fazendo pátria. Estará caindo em seu jogo (...). Debemos nos organizar ao máximo para que isso [eleição] transcorra em paz", disse. Ele acrescentou que a segurança de todos os candidatos será garantida.
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