Jairo Carioca – da redação de ac24horas / jscarioca@gmail.com
As quatro últimas alagações ocorridas no município de Rio Branco (1988, 1997,2006 e 2012) trouxeram grandes prejuízos à cidade. Segundo o Relatório de Avaliação de Danos (AVADAN), o governo do Acre já desembolsou mais de R$ 1 bilhão em gastos com enchentes. Para se ter uma ideia desse montante, daria para construir uma segunda Cidade do Povo, com mais 10 mil casas.
No ano de 2006 estimou-se em cerca de trinta e dois milhões de reais os danos humanos, ambientais, econômicos e sociais decorrentes da alagação, mas de lá pra cá, pouco ou quase nada se fez para diminuir esse impacto. Os investimentos têm sido cada vez maiores. No auge da cheia em 2012, o prejuízo na zona rural de Rio Branco alcançou a cifra de R$ 22 milhões. Somado ao da capital, estima-se mais de R$ 60 milhões em perdas.
A atividade antrópica vêm provocando alterações e impactos no ambiente há muito tempo, existindo uma crescente necessidade de se apresentar soluções e estratégias que minimizem e revertam os efeitos da degradação ambiental e do esgotamento dos recursos naturais que se observam cada vez com mais frequência.
Um estudo com relação à cheia do Rio Acre será apresentado em junho deste ano pelo deputado Eduardo Farias (PCdoB). Mesmo compondo a base de sustentação do governador Sebastião Viana, o comunista não se conforma com a situação que ele chamou de “lenga, lenga”.
“Todos os anos Rio Branco sofre com problema de alagação, durante dois meses para-se tudo, para o Estado, paralisa a prefeitura, de forma que se não tiver um projeto no porte que estou pensando, vamos continuar convivendo com esse problema”, comentou.
Para analisar o comportamento hidrológico da bacia trinacional do rio Acre uma pesquisa em torno de modelos hidrológicos, empíricos e de processos foi providenciada pelo gabinete do deputado em parceria com a Universidade Federal do Acre e moradores antigos experientes. O estudo que será apresentado até o mês de junho apontará saídas para minimizar as enchentes.
“O custo desse processo é menor do que o que foi gasto com todo os alagamentos”, acrescentou Farias. Um levantamento nos últimos dez anos, segundo relatório avaliação de danos, aponta gastos em torno de R$ 1 bilhão com enchentes somente na capital.
“Um dinheiro muito grande que daria pra fazer outra cidade do povo”, voltou a comentar o deputado.
O problema das inundações em áreas urbanas existe também nas cidades do interior e suas causas são tão variadas como assoreamento do leito dos rios, impermeabilização das áreas de infiltração na bacia de drenagem ou fatores climáticos.
Em Rio Branco, Eduardo Farias acredita no controle de vazão do Rio Acre ou com barragem e ainda, outro mecanismo que o estudo possa demonstrar. Para ele será uma saída para minimizar as grandes enchentes e acabar com as pequenas e médias cheias.
“Todo cuidado ambiental e ético com a própria história do Rio está sendo tomado. Estou muito feliz porque o projeto está bastante avançado”, concluiu o comunista.
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