O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, terá nesta quinta o seu primeiro encontro com representantes das maiores aéreas do país, mas seguido de uma pequena turbulência na decolagem - as duas reuniões preparatórias num intervalo de poucos dias.
Recém-criada pelas quatro grandes companhias - TAM, Gol, Avianca e Azul - a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) protagonizou o deslize no taxiamento político.
A presidente Dilma Rousseff recebeu a contragosto, na segunda-feira passada (11) os integrantes da Abear no Planalto .
Eles se encontraram primeiro com o ex-presidente Lula, na sexta-feira (8), e relataram a dificuldade para agendar com Dilma.
O capo petista ligou para ela e a reunião ocorreu 72 horas depois.
No hangar presidencial, o fato é que a presidente quer tratar de igual para igual todas as companhias, em esp ecial as
pequenas. Daí a promessa de construir nos próximos anos 282 aeroportos regionais.
Em contraponto ao SNEA - Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, embora aliada, a Abear foi criada para
representar as grandes nas negociações diretas com o governo federal.
Na reunião com Dilma, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, apresentou a Agenda 2020. As aéreas têm meta
estratosférica, digamos, para daqui a sete anos: transportar 200 milhões de passageiros por ano.
Sobre o encontro preparatório com o ex-presidente Lula, Sanovicz, um petista de carteira e ex-presidente da Embratur, prefereo silêncio.
Diz que não deseja envolvê-lo. Com Dilma, nega rumores de que ela tenha cobrado posição da Gol sobre a
demissão dos 850 funcionários da Webjet, com o fim da aérea.
Também membro do conselho da Agência Nacional de Aviação Civil, apesar do bom trânsito Sanovicz foi visto com
desconfiança pelo Planalto. Tem os direitos políticos cassados por condenação no TJ-SP por improbidade administrativa quando presidiu o Anhembi, empresa municipal de São Paulo, entre 2001 e 2002.
Ele explica que o imbróglio judicial passa por um equivocado processo de contratação de funcionários. "O próprio juiz na
sentença frisa que não há desvio de verba pública". Ele aponta um grupo de 44 advogados demitidos como perseguidor de sua gestão e incitador do processo. À época, Sanovicz diz que demitiu 850 dos 1.072 empregados do Anhembi, "muitos deles fantasmas".
A despeito disso, o presidente da Abear projeta céu de brigadeiro para o setor. fonte: Blog Leandro Mazzini
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