O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, informou nesta sexta-feira que o governo poderá adotar novas ações para conter a inflação. “Ações foram tomadas, mas é plausível afirmar que outras poderão ser necessárias. Para decidir sobre isso, o Banco Central irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico”, declarou.
Segundo Tombini, há preocupação por parte do BC quanto ao nível de resistência da taxa de inflação registrada nos últimos meses. “O foco da política monetária tem sido, e continuará a ser, exclusivamente, a manutenção da estabilidade de preços na economia brasileira”, disse. “A sociedade brasileira sabe que taxas de inflação elevadas geram distorções na economia”, acrescentou.
O presidente do BC, que discursou durante evento promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, citou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no dia 14. “A maior dispersão recentemente observada de aumento de preços ao consumidor, pressões sazonais e pressões localizadas, entre outros fatores, contribuem para este quadro de maior resistência na inflação”.
O Banco Central, de acordo com ele, tem atuado com cautela e dispensado atenção às mensagens que transmite. Ele comentou a mudança feita na projeção da taxa básica de juros, a Selic, para o final de 2013. Depois de 16 semanas seguidas com a expectativa de manutenção em 7,25% ao ano, o Banco Central decidiu, no dia 11 deste mês, alterar a estimativa para 8% ao ano.
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