Sócio e diretor de marketing da Telexfree, Carlos Costa atribui ao desconhecimento as suspeitas de que o negócio seja uma pirâmide financeira. O sistema de venda de pacotes de telefonia por internet (VoIP) foi descrito como "não sustentável" em um parecer da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae) de 5 de março, e está sob investigação do Ministério da Justiça e de ministérios públicos estaduais. Com base no sistema de vendas diretas, a Telexfree atrai interessados com a promessa de ganhos não só na comercialização do produto, mas também na divulgação da marca via internet – postagem de anúncios em sites, por exemplo – e pela conquista de mais representantes, ou divulgadores. "As pessoas confundem muito isso com o formato de pirâmide e de corrente. E é o que marcou isso tudo. Mas nós estamos muito tranquilos com relação ao que move as investigações", diz Costa ao iG.
A Telexfree está no Brasil desde fevereiro de 2012, diz Costa, que informa ser sócio da empresa no Brasil, e chamou a atenção do governo federal depois que Procons alertaram o Ministério da Justiça sobre o volume de consultas e denúncias que vinham recebendo sobre o modelo de negócios. O de Mato Grosso, por exemplo, recebeu cerca de 2 mil contatos. "Agora dizer que um divulgador da Telexfree fez alguma queixa no Procon ou coisa e tal, não, isso não tem, não", diz Costa. Na entrevista, o diretor de marketing não deixa claro o quanto do faturamento da empresa vem da venda efetiva dos pacotes e quanto vem do ingresso, pago, de novos representantes na rede de divulgação. Costa também se recusa a informar qual é a empresa de telefonia contratada para operar o sistema VoIP – outro dos questionamentos da Seae. "Isso é confidencial". (Ig)
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