Zé fez sua opção. Aos primeiros seis meses de gestão, já comandava mais de 50 grupos de trabalho. Lula ocupava os palanques. Dirceu, o governo. Conduzida à sua maneira, essa hiperatividade resultou, para ele, em efeitos colaterais que, julgados pelo Supremo Tribunal Federal, o farão cumprir uma pena de 10 anos de prisão, por formação de quadrilha e outros crimes.
Se há uma perspectiva sombria para 2013, essa é a de José Dirceu. Inevitavelmente, para quem não acredita em milagres, ele será encarcerado assim que o STF se livrar dos recursos de seus advogados. Ele já planeja como será seu comportamento na prisão, um plano de estudos e uma vida regrada.
Já se disse que, de todo poderoso no Palácio do Planalto, Dirceu conseguiu ser cassado por seu pares na Câmara dos Deputados, mostrando-se, assim, como, na ocasião, o pior político do Brasil. Jogou contra si próprio. Anulou, por voluntarismo, essencialmente, uma carreira que poderia até mesmo ser coroada com a Presidência da República. A partir de agora, mesmo no ostracismo, Dirceu certamente saberá continuar a ser notícia – mas não será mais um agente político determinante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário