Um relatório do Tribunal de Contas do Estado aponta o que o próprio secretário Jorge Solla comprovou tardiamente: o alto índice de ausência dos médicos que trabalham na rede estadual de saúde. Recentemente Solla visitou o Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, campeão em falta de profissionais. Pelo menos 165 médicos não compareceram para trabalhar nos dois meses de aferição, concluída em dezembro do ano passado. Mas o problema não é apenas do Clériston Andrade e nem se resume a ausências. O relatório do TCE aponta diversas irregularidades nos 11 maiores hospitais estaduais da Bahia. Dentre elas, diferenças salariais exorbitantes entre profissionais que exercem a mesma função. O relator do caso, conselheiro Pedro Lino, explica que, contraditoriamente, os médicos concursados recebem bem menos que os PJs. ”Você tem três ou quatro tipos de contratações diferentes pelo estado na área de saúde. O servidor público exatamente aquele que prestou concurso que tem, portanto um vínculo estável com o Estado, é o que ganha menos, a grosso modo ele ganha R$ 3.800 e você tem contratações onde a auditoria aponta R$9.000, mas que são os médicos que estão acobertados numa relação contratual chamada de pessoa jurídica, onde R$9.000 é apenas um número que conservadoramente que a auditoria colocou, mas você vai achar pessoas ganhando mais de R$20.000 por mês”, explicou. O conselheiro do TCE falou ainda sobre as consequências da discrepância salarial e explica que, além disso, foram comprovados casos de duplo vínculo com o estado, o que é proibido. Leia mais AQUI.
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