“É uma coisa que vai demorar muito para passar”. Mesmo ainda sentindo dores de cabeça e sem a visão do olho esquerdo da agressão que sofreu no domingo passado, durante o Festival de Música e Artes do Olodum (Femadum), Almerinda Santos das Neves, 34, vislumbra o trauma futuro. Ela acusa um policial de tê-la agredido com um cassetete durante a festa no Pelourinho. Ao saber da situação, o diretor do Olodum, João Jorge Rodrigues, lamentou. “Entendemos que não temos responsabilidade direta no que aconteceu, mas lamentamos o fato de uma pessoa ser violada como cidadã por policiais. Faremos uma visita a ela, para saber como podemos colaborar”, disse.
O tenente coronel Humberto Sturaro, diretor do setor de Comunicação da Polícia Militar, informou que os policiais envolvidos no episódio ainda não foram identificados. “É preciso que ela entre em contato conosco para que possamos investigar. Não queremos esse tipo de policial”, afirmou.
Segundo Raimundo das Neves, irmão de Almerinda, a família se reunirá com um advogado neste final de semana. “Estamos nos cercando de todas as informações. A partir daí tomaremos as providências”, disse. Do Correio
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