Ganhar R$ 1 mil no bicho faz qualquer um feliz, não é? Então, o que dizer de faturar R$ 1 milhão em uma loteria da Caixa? E ter R$ 1 bilhão num banco, hein? Pois imaginem, então, o que significam 1,5 TRILHÃO de reais, ou seja, mil vezes R$ 1,5 bilhão, que vem a ser mil vezes R$ 1,5 milhão... Pois é: no ano passado, o Brasil arrecadou R$ 1,5 trilhão em impostos, impostos estes que, por serem os mais altos do mundo, fazem tudo custar muitíssimo mais caro no País, do carro à gasolina, do sanduíche ao sapato.
Porém, apesar desta fortuna em impostos – inclusive retirados compulsoriamente dos nossos salários -, temos que pagar por educação, saúde e segurança. Sim, pois se formos confiar na educação pública, estamos ferrados. Quem quer filhos bem educados, os matricula em colégios particulares, cada vez mais caros e cujas listas de material só faltam exigir tinta para pintar a escola e gasolina para os professores. Quem tenta ser atendido em hospital público, ou mesmo particular, pelo SUS, come o pão que o diabo amassou, e, daí, tem que pagar planos de saúde caríssimos, e quem quer ter segurança de verdade é obrigado a pagar a empresas particulares, comprar uma parafernália de equipamentos ou, ainda, soltar uma graninha todo mês para equipes que fazem vigilância (sic) noturna em bairros, quase sempre dirigidas por policiais ou ex-policiais.
Isso para não falar que seu IPTU não se traduz em ruas e avenidas impecavelmente asfaltadas e sinalizadas, em praças históricas bem cuidadas, necas.
Então, fica assim: o brasileiro paga um absurdo em impostos e não tem retorno nenhum do Estado em serviços dignos. Ou seja, fazemos papel de palhaço, enquanto a classe política faz vista grossa para tudo isso e se delicia com parte do R$ 1,5 trilhão arrecadado em 2011. E assim será, enquanto a sociedade aceitar tudo passivamente. (Alex Ferraz – Tribuna da Bahia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário