A Organização Não-Governamental (ONG) Pra Frente Brasil, criada em 2003 pela ex-jogadora de basquete Karina Valéria Rodrigues, é suspeita de desviar recursos repassados pelo Ministério do Esporte por meio do programa Segundo Tempo, que visa incentivar a prática esportiva entre crianças e adolescentes carentes, de acordo com o G1. O mesmo programa Segundo Tempo foi alvo de reportagem da revista Veja neste fim de semana. Em 2008, Karina se elegeu vereadora em Jaguariúna, pelo PCdoB, partido do ministro Orlando Silva. Em discurso na Câmara do Município, ela afirmou que era responsável pela entidade Pra Frente Brasil. "Na minha entidade, eu sei tudo o que acontece. E sou responsável por tudo o que acontece", admitiu. O programa é considerado estratégico pelo governo federal e, desde 2003, quando foi criado, repassou R$ 750 milhões para prefeituras, estados e ONGs. A entidade da ex-atleta Karina recebeu R$ 28 milhões nos últimos seis anos. Foi a ONG que mais ganhou dinheiro da pasta do Esporte. Parte da verba recebida pela entidade seria utilizada para compra de lanches e a principal fornecedora é a empresa RNC, de Campinas. Um dos sócios é Reinaldo Morandi, que se diz assessor de Karina. De acordo com o Ministério Público de São Paulo, há indícios de que a RNC seja uma empresa de fachada. A ex-jogadora, no entanto, disse que tudo foi feito dentro da lei e negou qa denúncia. "Uma empresa que preencheu alvará, todas as certidões. Cumpriu todos os requisitos", afirmou. Ela também negou que Reinaldo Morandi, da RNC, seja seu assessor. Karina disse que a ONG é fiscalizada constantemente e que duas investigações já foram arquivadas.
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