LULA: HUMOR E CUTUCADAS NA IMPRENSA
Com a plateia completamente favorável, o presidente Lula explorou ao máximo seu carisma e sua veia humorística no evento que marcou a formatura da 3ª Turma do Topa, na área verde do Centro Administrativo da Bahia. Apesar do pedido do governador Jaques Wagner, é muito provável que esta seja a sua última aparição em terras baianas. Lula iniciou com uma brincadeira ao saudar Waldir Pires, sobre sua idade. Com a presença da centenária Dona Canô no evento, uma admiradora do presidente, Lula comentou sobre uma proximidade de idade entre o ex-governador e a matriarca da família Veloso, de 103 anos. “Eu não havia nascido e já tinha ouvido falar de Waldir Pires”, comentou sob risos dos políticos presentes. Em seguida, o presidente leu uma nota onde destacou o exemplo de dois personagens humildes, recém alfabetizados pelo programa social. Ele fez o paralelo com o seu pai, que morreu analfabeto. Lula contou que seu patriarca costumava comprar jornais em Santos, onde morava, embora não soubesse ler. Ao comentar sobre os periódicos, ele aproveitou para cutucar a mídia local como havia feito antes em Ilhéus. “(Aqui), se depender do jornal que se lê, não vai ouvir falar bem de Wagner. Aliás, se ele ler o jornal não vai ouvir falar bem de mim não. É só crítica. Tá tudo errado”, alfinetou.
(Felipe Campos)
LULA: PEQUENA GAFE AO CITAR BAIANOS
Ainda no discurso sobre os feitos do primeiro presidente sem diploma, Lula citou políticos baianos que tiveram destaque em suas áreas. Ele comentava sobre não ter tido a oportunidade de se destacar como “um arquiteto, como Zezéu, um advogado, como Pelegrino”. Nesse momento o presidente parou: “Você é o quê, Wagner?” Após a negativa do governador que também não possui ensino superior, Lula se redimiu ao dizer que o ‘galego’, como carinhosamente chama seu amigo, não pôde entrar em uma faculdade pois se envolveu no combate a ditadura. Ele seguiu com elogios ao companheiro, e lembrou que ele "conseguiu derrotar a oligarquia que governava esse estado". O presidente foi além. "A Bahia era vista em São Paulo como se fosse apenas uma orla marítima. Você pegou o estado que tem mais analfabeto no país, que tem mais pobre no país, que tem mais bolsa família. Você resolveu colocar os pobres no tabuleiro da política baiana. Sem menosprezar ninguém, você disse ‘eu sou o Governador de todos’", elogiou.
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