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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Transplantes simultâneos salvam duas vidas


Foto: reprodução/G1
Após 15 horas de cirurgia, as vidas de Andrea Cavalcanti, de 44 anos, e Horácio Calil, 64, mudaram significativamente.
É que os dois passaram por um transplante de fígado por meio da técnica "dominó", também conhecida como "repique", em que dois transplantes são realizados simultaneamente.

A cirurgia foi feita no Recife no dia 29 de julho e, nesta quarta (6), os dois receberam alta do Hospital Jayme da Fonte, na Zona Norte da cidade.

Fígado
Andrea é portadora de polineuropatia amiloidótica familiar (PAF), uma doença degenerativa que começava a prejudicar o movimento de suas pernas.

Ela recebeu o fígado de um paciente cuja morte cerebral havia sido diagnosticada.
Além de receptora, Andrea doou seu fígado para Horácio, que tinha colangite esclerosante primária, doença autoimune causadora de muita coceira e um cansaço severo.

Horácio pode desenvolver a doença de Andrea, mas somente dentro de 30 anos. Não seria possível transplantar o fígado dela para um paciente jovem, por causa do risco de a doença aparecer cedo.??

O fígado que foi doado para Andrea saiu de Natal, no Rio Grande do Norte.

Cirurgias
No total, foram feitos quatro procedimentos cirúrgicos em cerca de 15 horas, envolvendo 22 profissionais no Recife e em Natal.

O transplante normal, em que apenas uma pessoa recebe o órgão, dura, em média, de seis a oito horas.
De acordo com o médico Cláudio Lacerda, Andrea precisava de um novo fígado para não perder os movimentos, pois sua polineuropatia amiloidótica familiar causou problemas nas pernas.

Ela estava na fila de transplante há oito meses.
Já Horácio mora em São Paulo e estava na espera pelo órgão há três anos.

Os dois foram avisados das condições do procedimento e as famílias se conheceram na sala de espera da cirurgia.

"É um caso especial em que uma mesma pessoa é receptora e doadora ao mesmo tempo. O fígado dela [de Andrea] é absolutamente perfeito, exceto pelo defeito congênito que leva a uma doença degenerativa. Cerca de 30 anos depois que a pessoa nasce, ou depois que o órgão é transplantado, a doença começa a aparecer", explica o cirurgião Cláudio Lacerda, que comandou a equipe de 18 profissionais no procedimento.

Segundo ele, a doença só vai se manifestar em Horácio quando ele tiver mais de 90 anos. "Vai demorar para ele ter, mas até lá, a qualidade de vida fica normal. Se for o caso, pensamos em um novo transplante de fígado", aponta.??

A recuperação dos dois segue tranquilamente. Com informações do G1

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