A partir de setembro, o SUS irá disponibilizar o procedimento de ablação, uma cirurgia minimamente invasiva para retirada de tumores secundários no fígado.
Agência NoAr
Além dessa técnica, outras opções devem ser consideradas para o tratamento, como a radioembolização, que também está listada no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS), a radioembolização. Trata-se de um procedimento que injeta milhares de microesferas contendo um isótopo radioativo (ítrio- 90 ou Y-90) diretamente nos tumores, por meio da artéria hepática, destruindo as células cancerígenas enquanto preserva os tecidos saudáveis ao redor.
Entre as alternativas está a radioembolização hepática, que pode tratar o hepatocarcinoma primário e metastático
A condição maligna que afeta o fígado conhecida como hepatocarcinoma (HCC) é o quinto tipo de câncer mais comum em homens e o sétimo em mulheres, diagnosticado todos os anos em mais de meio milhão de pessoas por todo o mundo. Esse tumor costuma ser agressivo — que é quando há o acometimento geral do fígado, causando a disfunção do órgão e compressão de estruturas nobres, podendo levar ao óbito.
Por isso, a conscientização sobre as opções de tratamento disponíveis é fundamental na luta contra a doença, e abordar temas como qualidade de vida da população e sobrevida do paciente oncológico faz a diferença para quem busca por mais de uma opção terapêutica. “Para chegar ao melhor método de tratamento e por depender de diversos fatores, incluindo o estágio do câncer e a saúde geral do indivíduo, é necessário uma explicação sobre as opções disponíveis e indicadas para cada estágio do carcinoma, além da abordagem sobre os possíveis efeitos colaterais”, comenta o Dr. Felipe Nasser, radiologista intervencionista.
Um dos tratamentos disponíveis no Brasil para esse tipo de câncer é a radioembolização, indicada apenas para pacientes com tumores hepáticos nos quais o fígado é o único ou principal local da doença. O procedimento injeta milhares de microesferas contendo um isótopo radioativo (ítrio- 90 ou Y-90) diretamente nos tumores, por meio da artéria hepática, destruindo as células cancerígenas enquanto preserva os tecidos saudáveis ao redor.1
Outra opção é a imunoterapia, que consiste no uso de medicamentos que auxiliam o próprio corpo a combater as células malignas, explorando a capacidade do sistema imunológico em distinguir entre células normais e cancerosas. Porém, em certos casos, o tumor consegue evitar o ataque e o mecanismo de ação desses medicamentos pode desencadear uma resposta autoimune.2
Já a quimioterapia, um dos métodos mais populares, é o tratamento feito com medicamentos que destroem as células cancerígenas. Consiste na utilização de terapias que eliminam as células e impedem que se espalhem e se multipliquem no organismo. É um abordagem sistêmica que torna possível o controle do câncer e aproxima o paciente da cura, alcançada apenas com remoção do tumor ou transplante hepático.3 “Avanços recentes indicam que a combinação de tratamentos pode ser mais benéfica do que depender exclusivamente de um único agente quimioterápico”, comenta Nasser.