Após denúncias de pastores angolanos, autoridades locais fizeram devassa sobre suspeita de lavagem de dinheiro e deportaram lideranças ao Brasil
O Globo*Foto: Alan Santos/PR
Uma crise em Angola envolvendo a igreja Universal do Reino de Deus vem mobilizando há duas semanas o presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, para evitar o rompimento da aliança da denominação evangélica com o Planalto.
Integrantes da instituição fundada pelo bispo Edir Macedo foram indiciados no início do mês por lavagem de dinheiro após denúncias de pastores angolanos. Além disso, dezenas de missionários não estão tendo o seu visto renovado para atuar no país onde a igreja possui 230 templos.
Depois de 34 lideranças serem deportadas da África em maio por ordem do governo de Angola, as duas principais figuras da Universal abaixo de Macedo atacaram o governo federal em veículos de comunicação ligados à igreja.
Em 14 de maio, Marcos Pereira, presidente do Republicanos, entrou ao vivo na TV Templo e classificou como um “descaso” a postura do governo diante do caso. No mesmo dia, Renato Cardoso, genro do fundador da Universal e atual número dois da igreja, falou em “decepção” com a “omissão” do governo em entrevista exibida na TV Record.