por Fernando Duarte / BN
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, falou, de maneira tangencial, sobre a possibilidade de uma nova constituinte. A medida chegou a ser negada pela assessoria do presidente do Congresso Nacional, mas acabou confirmada pelo próprio Alcolumbre, horas depois da repercussão sobre o tema. Além de parecer absurda, uma reforma ampla da Constituição é algo que não deveria ser pensado em um clima de polarização atual. Ainda assim, não é a primeira vez que, sob tensão política, protagonistas da República evocam essa iniciativa.
Em 2013, no auge das mobilizações populares que tomaram as ruas, a presidente Dilma Rousseff propôs a elaboração de uma nova Carta Magna. Em menos de 24h, depois de apanhar da classe política e da opinião pública, a então moradora do Palácio da Alvorada recuou da ideia. Porém Dilma já era uma presidente extremamente desgastada e, por pouco, não levou o país a um ambiente de instabilidade social às vésperas da realização da Copa do Mundo. Baixado o fulgor das ruas, Dilma foi reeleita em 2014 e acabou defenestrada do Planalto dois anos depois.