A importância de ter a segunda chance, para poder recomeçar.
Quatro detentos que fizeram o Enem 2016 – para pessoas privadas de liberdade – no Ceará passaram na faculdade.
Eles aguardam autorização judicial para cursarem Engenharia de Agricultura, Engenharia de Telecomunicações, Química e Ciências Sociais, por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada).
Eles estão na Cadeia Pública, Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes (IPGSG), Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto (CPPL III) e Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (Cepis).
Paulo Roberto, interno do Cepis, foi aprovado no curso de Química da UFC (Universidade Federal do Ceará).
“Já tinha iniciado um curso há uns dez anos e não tinha terminado por falta de dinheiro. Agora eu posso começar de novo e tentar uma oportunidade lá fora. E fazendo faculdade facilita muito“, disse à Tribuna do Ceará.
A Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) inscreveu 1.282 internos no Enem PPL em 2016.
Além das quatro vagas para ensino superior, 34 internos conseguiram pontuação necessária para o certificado de Ensino Médio.
Deste total, 24 são da Região Metropolitana do Ceará e 10 de cadeia públicas do interior do Estado.
Como
A preparação para o Enem para pessoas privadas de liberdade foi feita em aulas diárias em 54 unidades do sistema penitenciário, além de aulões temáticos realizados às vésperas da prova. Ao todo, são 154 turmas.
E esses números podem crescer.
“Teremos a segunda chamada do Sisu, inscrições para o Programa Universidade para Todos, e o Sisu específico para Educação Profissional e Tecnológica”, lembra Rodrigo Morais, assessor educacional da Sejus
“Nosso desejo é manter esse número em uma trajetória crescente. Com mais internos ocupados e trilhando um novo caminho para quando saírem da prisão”, disse Socorro França, titular da Sejus. Com informações da TribunaDoCeará