BRUNO RIZZATO
Um homem teve ferimentos graves que mudaram sua vida, após encostar em uma planta da espécie Heracleum mantegazzianum.
Dean Simmons encostou acidentalmente na erva daninha, que se encontra ao longo de muitos rios - enquanto ia pescar. Bolhas enormes começaram a se formar, resultando em queimaduras agonizantes em sua pele. Os médicos dizem que podem levar meses – ou até mais de um ano – para cicatrizar. www.jornalciencia.com
Dean Simmonds, que é horticultor em Taunton, Somerset, na Inglaterra, descreveu as queimaduras horríveis como “pura agonia”. “Por conta de meu trabalho, eu tinha conhecimento desta planta e fui pego de surpresa. Eu estava indo pescar e quando me dei conta do que tinha acontecido, já era tarde demais. Um dia depois, já estava utilizando morfina”,disse ele em entrevista à BBC.
Agora, ele pretende criar medidas para conscientizar outras pessoas dos perigos e danos terríveis que esta planta pode causar.
Escrevendo em sua página no Facebook, ele acrescentou: “As queimaduras e dor vai ficar muito piores. Estou em pura agonia e não posso andar. Eu odiaria ver uma criança na minha posição. A dor é irreal”, escreveu Dean em sua página no Facebook.
A Heracleum mantegazzianum, que pode alcançar quase 6 metros de altura, são originárias da Geórgia e da Montanha Cáucaso, no sul da Rússia. Foram introduzidas na Inglaterra por caçadores de plantas vitorianas no século 19 e agora crescem de forma selvagem. A erva daninha mata plantas nativas rivais, crescendo rápido e ficando grandes a ponto de bloquearem a sua luz solar que seria essencial para as plantas ao redor. Ela tende a crescer ao longo dos rios e canais, ou seja, muitas pessoas podem entrar em contato com elas, com grande riscos.
Em setembro do ano passado, Keith Cooper, de Howdon, foi hospitalizado por conta da seiva tóxica da planta, após tropeçar nela enquanto ia pegar uma planta ornamental que sua esposa avistou na vegetação rasteira.
Keith Cooper. Foto: DailyMailO homem, de 50 anos de idade, não sabia sobre o perigo da erva e médicos avisaram que ele não poderá expor sua perna direita, gravemente queimada, ao sol por sete anos. “Se eu fizer isso, o sol vai causar bolhas novamente, pois a lesão tirou toda a proteção UV natural da pele", relatou. Cooper havia desenvolvido fitofotodermatite, uma doença que faz com que a pele torne-se hipersensível à luz ultravioleta e pode durar anos.
A seiva da Heracleum mantegazzianum contêm produtos químicos tóxicos conhecidos como furanocumarinas fotossensibilizantes, que reagem com a luz quando em contato com a pele humana, causando a formação de bolhas dentro de 48 horas. Efetivamente, a seiva tóxica evita a pele de se proteger dos raios solares, o que pode levar a terríveis queimaduras e cicatrização prolongada.