Em seu programa de rádio semanal "Café com a Presidenta", Dilma Rousseff falou nesta segunda-feira (1º) sobre a proposta de plebiscito que deve enviar ainda esta semana ao Congresso Nacional.
Dilma foi questionada sobre os cinco pactos que propôs na semana passada, sendo um deles a reforma política. "Um país não pode andar bem se sua política não estiver bem, porque o papel da política é harmonizar a sociedade. E a política só pode estar bem se houver participação popular, se o povo participar das decisões, acompanhando de perto e fiscalizando a ação dos governantes", disse a presidente.
A presidente falou ainda sobre como pretende combater a corrupção. "Por falar nisso, quero cumprimentar o Senado, que aprovou, com rapidez, na semana passada, o projeto de lei que torna a corrupção um crime hediondo, e que era um dos pontos do nosso pacto. Sabe, Luciano, transformar em crime hediondo significa que quem for condenado por corrupção não terá direito à fiança, não poderá ser anistiado e estará sujeito a penas de, no mínimo, quatro anos. É preciso ter leis cada vez mais duras contra a corrupção. É preciso que todos os governos, municipal, estadual ou federal, tenham mecanismos internos que inibam a corrupção já na sua origem. É preciso repensar o financiamento das campanhas políticas, porque é uma fonte permanente de conflitos entre os interesses públicos e privados."Dilma não deu muitos detalhes de como será o plebiscito enviado, mas disse que está "apresentando uma proposta ao Congresso Nacional de convocar um plebiscito popular para que os cidadãos opinem sobre os temas mais urgentes que o Legislativo deve discutir em uma reforma política. Para que os cidadãos opinem, por exemplo, o que querem mudar na forma de eleger seus representantes e o que querem mudar no financiamento das campanhas, e outras coisas mais".
Dilma convocou para a tarde desta segunda-feira uma reunião com os 39 ministros para discutir o plebiscito sobre a reforma política e novas respostas aos protestos que ocorrem no país há três semanas. noticias.bol.uol.com.br