O dia, que começou mal para a presidente Dilma Rousseff, acaba de trazer mais uma má notícia para o PT. O Datafolha também simulou intenções de voto para presidente da República e, pela primeira vez, desde que tomou posse, ela teria que enfrentar um segundo turno em 2014.
Dilma “derrete” e Lula pode voltar
De acordo com o instituto, Dilma teria hoje 30% dos votos, contra 23% da ex-senadora Marina Silva, 17% de Aécio Neves e 7% de Eduardo Campos. Somados, os três alcançam 47%, ou seja, 17 pontos a mais do que a presidente. Antes dos protestos, Dilma tinha 54%, contra 18% de Marina, 12% de Aécio e 4% de Eduardo Campos. Enquanto ela perdeu 24 pontos, todos os seus adversários cresceram. E a vantagem de 24 pontos em relação aos adversários se transformou em desvantagem de 17 pontos. Os números devem aumentar a pressão sobre o ex-presidente Lula, para que ele entre no jogo de 2014.
Dirceu analisa cenário
O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, publicou em seu blog uma longa análise sobre o impacto da pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, que apontou queda de 27 pontos na aprovação ao governo Dilma. Segundo Dirceu, a pesquisa revela que Dilma ainda tem um bom apoio para governar e para realizar o plebiscito sobre a reforma política. No entanto, ele defendeu mudanças na articulação com o Congresso, na execução dos programas e na comunicação.
“O que não deve nos desviar do apoio a presidenta da República, a seu governo, e principalmente às medidas propostas ao país que, de acordo com a pesquisa, contam com amplo apoio do povo. Nada menos que 68% apoiam o plebiscito e 73% a Assembleia Nacional Constituinte para a reforma política, um dado revelador de que talvez tenhamos recuado demasiadamente rápido da proposta.
O recado enviado na pesquisa é claro: temos apoio para governar. Temos que assumi-lo, então, com consciência de que há uma queda nas expectativas com relação à economia, à inflação, ao desemprego e à própria avaliação da gestão da presidenta.
Para governar a presidenta tem o apoio dos petistas e com certeza terá da sociedade e do povo. Apoiada nos 30% de brasileiros que consideram sua administração ótima e boa e nos 43% que a classificam como regular, ela reúne condições para reformar seu governo e reavaliar sua gestão. Para retomar, portanto, os índices de aprovação que manteve até agora.
Mas, está evidente que é preciso mudar e muito a relação política do governo com a sociedade, o Congresso Nacional, os partidos, os governadores e prefeitos, as entidades empresariais, sindicais e populares. Além de mudar sua comunicação e a gestão e execução dos principais programas e obras do governo.
Precisa, inevitavelmente, reavaliar prioridades e manter o rumo da política econômica para crescer sem inflação e distribuindo renda. Precisa ouvir as críticas, demandas e reivindicações da cidadania. Precisa ouvir as ruas e ir para as ruas defender e debater com o povo o plebiscito e a reforma política. E mobilizar nossa base social e política para defender nosso governo e obra nesses quase 11 anos do PT no poder federal.”(Brasil 247)
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