"Dezembrite". O termo, que não é médico, é usado para descrever um conjunto de sintomas emocionais negativos que se intensificam no período
Tatiana Alves - Repórter da Rádio Nacional
© Marcelo Camargo/Agência Brasil


"Não se esqueça dos hábitos de vida que você conquistou aí, os bons hábitos ao longo do ano, como dormir bem, manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física. Eu acredito que esses hábitos aí, eles não podem tirar férias, eles não podem ali reduzir. O que tem que reduzir mais é o estresse. Não são os hábitos ali positivos. Não se esqueça de conversar com as pessoas de confiança. Aproveitar para aproximar os vínculos. Essa é uma época do ano que também aproxima as pessoas. Então use isso a seu favor", fala.
O psiquiatra explica que os sintomas da "Dezembrite" são muito próximos de um episódio depressivo, mas que pode ter traços de ansiedade. Dentre eles estão: insônia, irritabilidade, falta de concentração, fadiga e um sentimento de pressão para ser feliz.
Para algumas pessoas, o fim de ano é uma época triste e desmotivadora, longe de festividades. De família humilde, o servidor público Henrique Andrade conta que não foi acostumado aos ritos dessa época do ano e que, na idade adulta, optou por passar a data sozinho:
"A prática do Natal em si não tem, até porque isso vem de anos. Os meus Natais quando criança e adolescente, eles não eram solitários, mas ele não era aquilo que eu assistia na televisão, que eu escutava na rádio, que eu lia nos gibis, que era uma ceia farta, que era toda a família reunida abrindo presentes. Era um dia comum na minha família, no qual era a mesma refeição, água e não tinha presentes", aponta.
Para minimizar a solidão nesse período, especialistas recomendam organização e priorização de tarefas, conectar-se com pessoas queridas, praticar a gratidão, buscar atividades prazerosas e evitar comparações.
Edição: Rádio Nacional / Edgard Matsuki
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