
A queda de um avião monomotor no mar de Copacabana, neste sábado (27), pode ter sido provocada por uma falha mecânica. A avaliação é de um especialista em aviação, que aponta a possibilidade de pane no motor ou no sistema de controle da aeronave. O piloto, identificado como Luiz Ricardo Leite de Amorim, de 40 anos, foi encontrado morto cerca de duas horas após o acidente. Este era o primeiro dia dele operando o avião utilizado para publicidade aérea.
Segundo o especialista em gerenciamento de risco Gerardo Portela, as imagens do acidente indicam dificuldade da aeronave em se manter em voo. “Dá para perceber pelas imagens que a aeronave teve algum tipo de pane, alguma dificuldade pra manter o voo, provavelmente alguma pane de motor ou no seu sistema de controle. No momento dessa pane, o piloto precisa se livrar daquela faixa, porque ela arrasta e pode prejudicar a última chance que ele tem de tentar fazer um pouso forçado tentando planar até alcançar a água”, afirmou ao g1.
O monomotor levava uma faixa publicitária no momento da queda e era ocupado apenas pelo piloto. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a aeronave perdendo altitude e caindo no mar, na altura do Posto 4. Em poucos segundos, o avião afundou.
De acordo com a Prefeitura do Rio, a empresa Visual Propaganda Aérea, proprietária da aeronave, não possuía autorização para realizar a campanha publicitária no momento do voo.
Testemunhas relataram que o resgate foi acionado rapidamente após o acidente. “Os bombeiros chegaram para tentar achar o piloto e o avião que caiu muito rápido no mar”, disse uma pessoa que estava na praia.
Funcionários do Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Sudoeste do Rio, informaram que o avião havia decolado do terminal pouco antes do acidente.
As causas da queda ainda não foram oficialmente determinadas e seguem sob investigação. Em nota, a Força Aérea Brasileira informou que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos acionou investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos para a realização da Ação Inicial no caso da aeronave de matrícula PT-AGB.
“Durante a ação inicial, profissionais qualificados e credenciados aplicam técnicas específicas para coleta e confirmação de dados, preservação de elementos, verificação inicial dos danos causados à aeronave ou pela aeronave, além do levantamento de outras informações necessárias à investigação”, informou a FAB.
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