Ronaldo Fenômeno desiste de candidatura à presidência da CBF por falta de apoio das federações
Galáticos Online
Foto:Reprodução / Internet

A desistência de Ronaldo Fenômeno de disputar a presidência da CBF, anunciada na última quarta-feira (12), foi motivada pela falta de apoio das federações de futebol em todo o Brasil. O ex-jogador, que chegou a planejar uma candidatura com o objetivo de promover mudanças no futebol brasileiro, não obteve respaldo significativo das entidades estaduais, o que levou à sua decisão de abandonar o projeto.
O único presidente de federação a receber Ronaldo Fenômeno foi Reinaldo Carneiro Bastos, dirigente da Federação Paulista de Futebol. Em um encontro cordial, Bastos demonstrou simpatia pelas críticas de Ronaldo à gestão da CBF, inclusive concordando com algumas de suas insatisfações em relação à administração atual de Ednaldo Rodrigues. Contudo, Bastos deixou claro que não assinaria o registro de uma chapa que tivesse Ronaldo como candidato. Ele também revelou a seus mais próximos que só consideraria entrar em uma disputa eleitoral caso fosse o "cabeça" da chapa, ou seja, o próprio candidato à presidência.
Essa falta de apoio foi um fator decisivo para a desistência de Ronaldo. No final de 2023, Reinaldo Carneiro Bastos liderou o movimento "Unidos por um novo futebol", uma tentativa de oposição à gestão de Ednaldo Rodrigues, que estava afastado da presidência da CBF devido a uma decisão judicial. A iniciativa contou com o apoio público de federações de estados como Acre, Amapá, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rondônia e Tocantins. Porém, assim que Ednaldo Rodrigues reassumiu o cargo no início de 2024, o movimento perdeu força e a maioria das federações se afastaram da ideia.
Sem apoio de Reinaldo e preocupado com a falta de adesão das demais federações, Ronaldo Fenômeno enviou um e-mail a todos os presidentes de federações, no qual solicitava uma audiência para alinhar projetos de mudança no futebol brasileiro. No e-mail intitulado "Solicitação de Audiência – Alinhamento de Projetos do Futebol Brasileiro", Ronaldo listava as reformas que acreditava serem necessárias para um futebol mais transparente e bem gerido, propondo encontros pessoais com os 27 dirigentes estaduais.
No entanto, nenhum encontro foi agendado após o envio do e-mail. Apenas 22 dos 26 presidentes de federações responderam, e as respostas foram sempre por escrito, alinhadas com a postura de Ednaldo Rodrigues e favoráveis à continuidade da sua gestão à frente da CBF. Quatro federações sequer se dignaram a responder ao ex-jogador.
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