Foto: Reprodução
Ocorreu em Parnaíba nesta segunda-feira (17/03), a audiência de instrução e julgamento sobre a morte por envenenamento dos irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos. Lucélia Maria da Conceição, de 53 anos, foi inicialmente acusada de intoxicar as crianças com cajus, passando cinco meses presa. No entanto, após outras cinco mortes na família, a polícia concluiu que ela não era responsável pelos crimes. Por 180graus
Durante a audiência, a avó das crianças, Maria dos Aflitos Silva, confessou ter participado do envenenamento dos netos junto com seu marido, Francisco de Assis Pereira da Costa. Outras testemunhas, incluindo o delegado Abimael Silva, responsável pelas investigações, também depuseram, reforçando a conclusão de que Lucélia é inocente.
O advogado de Lucélia, Sammai Cavalcante, afirmou que ainda faltam formalidades processuais, como as alegações do Ministério Público e da defesa, mas acredita que a justiça deve declarar sua cliente inocente. A sentença é esperada para dentro de um mês.
As investigações apontaram que Francisco de Assis teria colocado terbufós, um pesticida altamente tóxico, em um suco que deu às crianças. Ele também teria criado a versão de que os meninos passaram mal ao comer cajus, culpando Lucélia pelo crime. No entanto, um laudo pericial descartou a presença de veneno nos frutos, derrubando a acusação inicial.
Lucélia foi presa em flagrante em 23 de agosto de 2024, após a internação das crianças. Ulisses faleceu ainda em agosto, enquanto João Miguel morreu em novembro. A revisão do caso só ocorreu após outras cinco mortes na família, intoxicadas pela mesma substância. Em 13 de janeiro de 2025, a juíza Maria do Perpétuo Socorro Ivani Vasconcelos ordenou a soltura de Lucélia, com base nas novas provas.
A defesa aguarda o posicionamento oficial do Ministério Público e da juíza para os próximos passos do processo, esperando que a inocência de Lucélia seja formalmente reconhecida.
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