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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Polícia desarticula esquema milionário de sementes falsas no RS

A fraude chegou a causar um prejuízo de R$ 2 milhões em apenas uma negociação
 Foto: Divulgação/PC
Na foto: Na esquerda, uma primeira tentativa de tingir a semente falsa. Na direita, a tentativa que deu certo. veja que as mãos ficam tingidas de vermelho. É o pó-xadrez usado para tingir a semente/grão falso, para que pareça com o original. Por npexpresso

Operação piratas do agro
Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Civil lançou a operação “Piratas do Agro” para acabar com um esquema de falsificação de sementes no Rio Grande do Sul e em outros três estados. O grupo criminoso vendia sementes de milho e soja de baixa qualidade como se fossem de alta qualidade.

Como o golpe funcionava
Os golpistas pegavam grãos usados para ração animal, pintavam e embalavam como se fossem sementes de marcas conhecidas. Assim, enganavam produtores e cooperativas, vendendo as sacas por preços altos.

Participantes do esquema
O esquema incluía gráficas e escritórios de contabilidade, que ajudavam a falsificar embalagens e documentos fiscais. O grupo usava contas bancárias de terceiros para movimentar o dinheiro sem levantar suspeitas.

Prejuízos e ações da polícia
A fraude chegou a causar um prejuízo de R$ 2 milhões em apenas uma negociação. A polícia cumpriu 41 mandados de busca e apreensão, bloqueou contas bancárias e apreendeu carros de luxo comprados com o dinheiro do golpe.

A investigação teve início após uma denúncia de quem adquiriu 1.500 sacas de milho supostamente de alta qualidade. A safra, no entanto, foi perdida devido à baixa qualidade das sementes. De acordo com o delegado Heleno dos Santos, as sacas eram vendidas por até R$ 1.200,00 cada, gerando lucros de mais de R$ 1.000,00 por unidade, em um esquema que prejudicou produtores e cooperativas.

Apoio e continuidade
A operação teve o apoio da Polícia Rodoviária Federal e de empresas do setor agrícola, que forneceram informações para desmantelar o esquema. As investigações continuam, e os responsáveis podem responder por vários crimes.

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