Brasileiro condenado por estupro é extraditado da Argentina após meses foragido

Homem estava residindo em San Telmo, na cidade de Buenos Aires, e foi preso em setembro, mas aguardava extradição

Vitória Silva / LeiaJá

Pernambucano é extraditado após quatro meses foragido na Argentina. 

Foto: Divulgação/PF

Um homem de 44 anos, foragido da polícia desde agosto, foi extraditado da Argentina ao Brasil na noite dessa quinta-feira (12), em Pernambuco. O brasileiro possui condenação por estupro de vulnerável e estava preso em Buenos Aires, desde o dia 17 de setembro. A vítima é a sobrinha do agressor, atualmente com oito anos de idade, mas vítima da violência sexual por, pelo menos, três anos. O caso aconteceu em Afogados da Ingazeira, cidade de residência do abusador, no Sertão pernambucano.

A Polícia Federal (PF) informou que o preso chegou ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, por volta das 22h da quinta-feira. Sob escolta, ele deu entrada no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna, onde ficará à disposição da 2ª Vara Criminal de Afogados da Ingazeira. A localização do agressor aconteceu através de uma ação conjunta entre a PF, a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e a Polícia Federal Argentina.

“Após levantamentos no bairro de San Telmo, [a PF argentina] logrou êxito na localização e prisão [do agressor]. Em seguida, realizamos os trâmites a extradição ativa, com o deslocamento de policiais federais brasileiros até a Argentina para realizar a escolta internacional do criminoso, a fim de que ele possa cumprir pena em território nacional”, informou a PF.

O caso

O homem preso e condenado por estupro tem 44 anos e é um bancário natural de São José do Egito, também em Pernambuco. Durante os anos de abuso sexual contra a sobrinha, que hoje tem oito anos, o abusador morava em Afogados da Ingazeira e tinha contato constante com a vítima. Segundo a polícia, foram, pelo menos, três anos de violência contra a menor de idade. O homem fugiu em agosto e no dia 8 do mesmo mês, teve o nome incluído na difusão vermelha da Interpol.

Na Argentina, o bancário morava em um sobrado no bairro de San Telmo. De volta ao Brasil, ele deverá cumprir 29 anos e dois meses de prisão, de acordo com o Código Penal.