A portaria da exoneração foi assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Ronaldo Braga Bandeira Júnior, membro da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi demitido pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O policial produziu em vídeo, em 2022, ensinando práticas de tortura. A demissão, no entanto, não tem relação com o vídeo.
De acordo com a portaria assinada por Lewandowski, a exoneração ocorreu porque Bandeira Júnior participou da gerência ou administração de sociedade privada, uma infração disciplinar para seu cargo.
Bandeira Júnior disse-se surpreendido pela punição. “Quando achei que tudo tivesse acabado e que, enfim, tudo estaria bem, fui surpreendido com a abertura de um processo de 2017/18 no qual era acusado de gerência de empresa”.
A PRF não divulgou qual seria a sociedade privada da qual o ex-agente seria sócio. “Após muitas provas e diligências, havia sido também absolvido de forma ampla. Porém, após um pedido de reabertura (por qual motivo? Não sei!) conseguiram me demitir da instituição”, questiona Bandeira Júnior.
Servidores públicos civis da União são proibidos de participar na gerência ou administração de empresas privadas, além do exercício de comércio, a não ser através da qualidade de acionista ou cotista.
No vídeo de 2022, que foi tirado das redes, o então policial rodoviário federal descreve como jogou spray de pimenta dentro de um porta-malas para “acalmar” um preso que estava quebrando a viatura. Segundo o relato, ao ouvir gritos de “estou morrendo”, o policial teria dito ao preso: “Tortura”.
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